segunda-feira, 20 de setembro de 2010

Pastores e seu rebanho...

Bem aventurados os que aqui estão, pois é sinal que esse blog vale de alguma coisa!!!


Eu sempre volto de São José escutando uma rádio evangélica. Só que meu interesse é o mesmo daquele cara que assiste o programa do Datena: ver alguém explorar a miséria humana. Vou contar para vocês uma dessas histórias que ouvi. A mulher liga para a pastora e diz:
"-Pastora, eu estou com um problema.
-Espero que você tenha ligado porque precisa de um milagre em sua vida; você precisa de um milagre?
-Preciso pastora, meu marido me deixou... quero que a senhora reze para ele voltar para mim!!
-A senhora tem sido uma dizimista em dia com as suas obrigações? Tem ido a igreja?
-Tenho sim, senhora!!!
-Então eu vou rezar para você!!"
A pastora começa a rezar algo preparado, sem emoção... e a conversa continua:
"-Pastora, continua rezando para mim durante a semana?!
-Minha filha seu milagre já foi realizado!!!
-Mas reza por mim, pro meu marido voltar!!
-O milagre já foi realizado!!! Próxima ouvinte?"

Eu sei porque o marido dela a deixou. Você sabe? Não? Nem desconfia?

Outra hora falo mais sobre a exploração da miséria humana... Até lá adeus... 
Deixe aí o seu comentário, infiel!!!

Olha só o pastor metralhadora!!



Coisas rápidas que me passaram pela cabeça...

Em quem votar nessa eleição? Não quero o Serra, não quero a Dilma, não quero ninguém... conclusão, tomemos o poder!!!

Outra coisa: Por que as coisas mais legais da vida tem que se intercalar com as coisas mais chatas e entediantes?

Quando poderei dizer "enfim, realmente, não tenho mais nada a fazer, nenhuma obrigação a cumprir, nenhum livro para ler?" eu sei a resposta, e é nunca!!!

sexta-feira, 10 de setembro de 2010

As Regras do Acasalamento entre humanos


Quando era pequeno, criança, sei lá, tinha uns oito ou nove anos, gostava de assistir um programa na TV Cultura entitulado Os Bichos. Me lembro de alguns episódios, como o dos ursos, dos lobos, dos gaviões, das doninhas. Contava como os animais cercavam as presas, como armavam estratégias de ataque, como funcionavam seus órgãos digestórios e coisas do tipo. Além disso, contava como funcionava seu acasalamento e o que possuiam e faziam para atrair o ser do sexo oposto.
Minha paixão pelos bichos foi tanta que a primeira vez que prestei vestibular, a opção foi certeira: vou fazer biologia!! Mas, não passei e por influência de alguns professores do cursinho, mudei de área e fui para as humanas... Mas observar os animais ainda me é fascinante.
E para observar esses bichos em ação, um local muito apropriado é a balada!!! Lá você verá a marcação de território, verá a marcação de posições e disputas de poder. Verá também funcionando regras de atração e de acasalamento.
Consigo até ouvir a voz do locutor: América do Sul, Setentrional, local de morada de seres muito interessantes: Adolescentes!!! Em um ritual de acasalamento podemos vê-los movimentando os quadris, movimentando os braços, olhando para os lados... quando encontra o alvo de desejo, lança olhares, molha os lábios, mostra os dentes, fitando profundamente o seu alvo. Quando sabe que recebeu um sinal, imperceptível para alguém que não conhece as regras dese jogo, vai ao ataque. Encara a vítima, e vai até a orelha onde balbucia sons, mordendo as palavras e sussurrando coisas sem sentido, cuja importância é nula enquanto informação e cuja ressonância é evidente. Sinais que indicam que a boca pode sair de perto da orelha e ir para junto da boca. As mãos se entrelaçam, escorregam pelas costas indo até as pernas, subindo até o toráx e novamente descendo.
Consigo até escutar esse locutor dizer que esses seres são tão fascinantes que em alguns momentos são fiéis e monogâmicos, chegando a brigar por atributos que eles chamam de honra. Em outros são totalmente poligâmicos, não se importando em ver a recém-antig@ parceir@ nos braços d@ outr@...
Ainda bem que não fiz biologia. Senão jamais conseguiria entender essas sutilezas que nos fazem ser seres tão fascinantes!!!

terça-feira, 7 de setembro de 2010

Verbos que me lembram o dia em que nasci...

Abrir
fechar
sorrir
mentir

Ador mais angustiante é a de quem perdeu o dedo limpando os ouvidos para escutar coisas que não queria...
Beijar
abraçar
sentir

O melhor sorriso é o da boca desdentada que agradece pelo naco de comida...

Morrer
viver
nascer


A maior solidão é de estar entre gentes e não saber o que dizer, prá quem olhar e como fugir.

Matar
Suicidar
felicitar

Queria apenas saber onde fica o botão delete em minhas lembranças aflitas a procura de uma saída.

comer
beber
vomitar

Nada se compara a um arroto de Coca-Cola após ter comido um porco, um boi, todos cremados e cheirando a podridão disfarçada.

Criar
Destruir
Imaginar

vamos irmão, vamos a luta, que a paz só existe em oposição a guerra e eu quero isso tudo tanto quanto você, mesmo sem saber que as coisas poderiam ir bem, mas não vão!!!

Minha primeira balada!!!

Me lembro como se fosse ontem da minha primeira balada... eu tinha sei lá, uns 13 anos e hormônios saindo para todos os lados do meu corpo. Na verdade não foi bem uma balada, mas um show. Paralamas do Sucesso. Naquela época o Herbert Vianna ainda não usava cadeiras de roda e tocava sua guitarra nas costas. Hora ele fazia poses de quem surfava...
Fui com o Pablo e a Tati. Eu e ele nutríamos uma paixão secreta por ela, sabe essas coisas de adolescente? Não rolou nada, porque viramos amigos e quando você se torna amigo, aí, ferrou.
Acho que depois daquele show, o Pablo decidiu que iria se tornar guitarrista. E de fato conseguiu. Esmerilhava a sua Fender ao máximo!!!
O show foi muito massa, pulamos prá caramba... os caras estavam no pico da carreira.
Lembro do momento em que o Barone jogou a baqueta que passou pertinho da minha mão. Uns caras se estapearam prá pegar.
O mais legal, no entanto, de uma festa, de sair é justamente o antes e o depois. Pois no antes tem toda aquela adrenalina, a expectativa. E no depois tem a mesa redonda, comentando os melhores momentos.
Lembro de uma amiga do Pablo, a Batata, ruivinha que nunca deu moral prá mim. Aliás, acho que até deu, mas devo ter sido lerdo para acompanhar. Ela chegou dizendo que havia entrado no camarim dos caras, pegou autógrafos e coisas assim.
Já a Tati era apaixonada pelo Herbert Vianna. Depois, namorou com o meu primo e eu com uma prima dela.
É claro que já fui em muitos outros shows, já armei shows, conheci bandas, assisti shows de cima do palco, já fui em outras baladas, armei baladas, e assisti muitos shows, inclusive dos Paralamas.
Outro dia fui a um barzinho ver uma banda de surf music tocar. E sempre que vou a esses lugares, fico procurando a sensação daquele primeiro show.
Agora eu entendo essa necessidade de sair, de ir para a balada e fazer as coisas mais loucas nessas baladas. São várias coisas, todas ao mesmo tempo. É o querer ficar junto com a turma, ser notado, marcar presença, marcar território, conhecer pessoas, todas essas coisas.
Mas no fundo mesmo, só queremos uma coisa: é a primeira sensação que queremos de volta, daquele primeiro show, do primeiro beijo, da primeira balada. Momentos são únicos e instantâneos. Relaxe, essa sensação nunca se repetirá, será sempre diferente e sempre verdadeira.

segunda-feira, 6 de setembro de 2010

Time is money!!

Acordei pensando em coisas que tinha para fazer. E eram muitas. Mas as coisas se auto empurravam para debaixo do tapete e me diziam o seguinte: " Hey, relaxe, você só tem uma vida, não vale a pena perdê-la, desperdiçá-la." Então me voltei a questão básica que move todos nós: por que nos sentimos culpados quando estamos perdendo tempo. Tipo por que me sinto tão culpado ao não fazer algo útiil?
Sei que isto parece moral protestante, envolvendo a grande questão que é a de que o trabalho dignifica o homem. mas de onde vem essa culpa? 
A ideia é a de que devemos ser ocupados, parecer ocupados e sempre ter algo a fazer. Essa é a ética do sistema capitalista. Time is money baby!! O que implica em que estou jogando dinheiro fora agora. Poderia e deveria estar dormindo, para repor as minhas forças e voltar a trabalhar após o feriado. Mas não. Aqui estou a trabalhar ideias e pô-las em um local em que poucos irão ler. 
O tempo é meu e eu desperdiço com que eu quero!!! 
Fui.