
Ontem participei de algo um tanto estranho: uma feira de trocas. Cada um levou algo que talvez pudesse ter um valor, como livros, CDs, DVDs, brinquedos, bonecos, louças, coisas assim, do cotidiano, mas que não mais nos interessam. É estranho pensar assim, com a lógica capitalista por trás de nós: o que poderia fazer alguém trocar uma bolsa por um vaso de cerâmica? Ou uma máscara de papel por um livro? Ou um cachecol por uma garrafa de cachaça artesanal? Os valores implícitos nas coisas são meramente referenciais.
Um prato de comida pode custar de R$1,00 a R$100, dependendo dos ingredientes, de quem o fez ou onde foi servido. Mas ambos terão o mesmo feito: saciar a fome. Atribuir um valor a algo é muito subjetivo. Quanto vale o tempo que gasto para escrever esse texto? Ou quanto vale o seu tempo caro leitor? Eu devo quanto a você ou quanto você me deve?
Muita gente diz o seguinte: "não vou ver o show desse cara, nem pagando!!" Tem muita banda, artista, cantor que realmente deveriam pagar o seu público pelo espetáculo proporcionado. Vamos inverter a lógica da coisa. Ao invés de pagar para ver um espetáculo, receber para ir vê-lo. imagina eu ir nas Casas Bahia e receber uma quantia em dinheiro para poder ter notebook novinho. Que tal?
Uma questão me chamou atenção e comecei a entender melhor a nossa feirinha da barganha: é a economia solidária. Não quero expor o que sei sobre isso a princípio (pois a princípio não sei nada!), mas modelos anarquistas do Séc. XIX já o faziam, ou ao menos faziam algo do tipo. Sei de uma história de um sujeito que tinha uma mercearia. Trocava seus produtos por trabalho. Isso mesmo. Você trabalhava uma quantidade de tempo para a comunidade, ou para o sujeito em questão e aí trocava por comida, ou coisas que precisasse.
Precisamos de novos modelos, éticos, sustentáveis para fugir da lógica doida do capital sangrento e explorador.
Talves barganhar seja um começo...
Aonde foi a feirinha professor !?
ResponderExcluirFoi no meu curso de pós-graduação... Acho que um dia desse nós iremos fazer o mesmo na escola!!!
ResponderExcluirMuito legal, por coincidência um colega meu me pagou um serviço hoje com itens que eu tava querendo já faz um tempo. As duas temporadas de Roma Originais e a coleção Senhor do Anéis, com O Hobbit e O Silmarillion. Incrível né ?
ResponderExcluirProfessor, não acho que seja o capitalismo o culpado pelos problemas da humanidade, pois não passa de uma ferramenta utilizada pelo homem. O homem é o verdadeiro culpado, pois é ele quem tem a decisão de fazer o bem ou o mal.
ResponderExcluirUm exemplo: Um cozinheiro psicopata pega uma faca e, ao invés de cortar os alimentos de seu restaurante, começa a matar qualquer pessoa que passe na porta de seu restaurante. De quem é a culpa? Do cozinheiro ou da faca? A mesma metáfora vale para o capitalismo.
Ass: Tino.
Professor, não acho que seja o capitalismo o culpado pelos problemas da humanidade, pois não passa de uma ferramenta utilizada pelo homem. O homem é o verdadeiro culpado, pois é ele quem tem a decisão de fazer o bem ou o mal.
ResponderExcluirUm exemplo: Um cozinheiro psicopata pega uma faca e, ao invés de cortar os alimentos de seu restaurante, começa a matar qualquer pessoa que passe na porta de seu restaurante. De quem é a culpa? Do cozinheiro ou da faca? A mesma metáfora vale para o capitalismo.
Ass: Tino.
Mudando o modelo capitalista não vai mudar nada no mundo. O socialismo existiu para mostrar que isso é verdade.
ResponderExcluirO que precisamos mudar de fato é a mentalidade humana. A humanidade que polui o mundo, tanto de forma direta (multinacionais jogando lixo nos rios) quanto indireta (aquele vizinho que joga lixo na rua no lugar de jogar na lixeira).
E, para mudar a mentalidade da humanidade, precisamos da colaboração de todos (embora isso pareça coisa de criança de 10 anos), desde os políticos e empresários, até os moradores das cidades.
Precisamos ter as crianças educadas e conscientes, sabendo os valores morais e éticos de nossa sociedade. Precisamos de uma justiça realmente justa, que pune com severidade aqueles que infrigem as regras, sem existir a possibilidade de pagar pela liberdade. Precisamos ter, no lugar de fofocas e zoações infâmes, cultura e conhecimento de verdade, ensinando as pessoas analfabetas a ler e escrever e, mais importante que isso, saber interpretar um bom texto (que está em falta. É difícil encontrar alguém que saiba interpretar corretamente um texto).
Agora, como podemos pensar em mudar a humanidade, se a própria humanidade não quer ser mudada? As crianças não querem aprender, querem mais é bater papo e falar sobre quem beijou quem na noite passada. Os moradores não se preocupam se a cidade está mais limpa e os políticos cumprindo suas promessas, estão preocupados é se a Dilma vai ou não dançar o Rebolation. E, é claro, a Elite que nos domina JAMAIS vai querer mudar essa ideologia.
A mudança está em nossas mãos, basta querermos. Mas de que adianta tentar ajudar a humanidade, se a própria humanidade não quer ser ajudada?
o velho Marx já dizia que precisamos chegar a raíz do problema e no caso, essa raíz é o homem!!!
ResponderExcluirconcordo com você. Por isso precisamos fazer uma mudança nos nosso hábitos de consumo e nas nossas relações com o próximo.
É isso q estou fazendo com a coleção de figurinhas da Copa 2010.
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