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segunda-feira, 31 de maio de 2010

Porque eu odeio Pokémon...


Eu já disse isso para algumas pessoas, mas vou enfatizar a coisa por aqui. Imagine que você estivesse andando em uma floresta e então você encontra um animal qualquer, como um tatu. Você pega esse tatu e coloca ele em uma gaiolinha. Você pensa: "Tem muitos tatus por aí, esse eu vou criar como animal de estimação". Então encontro com um amigo que tem um macaquinho. Resolvemos então que será excelente para eles brigarem, um contra o outro. Depois que um dos dois perde, levamos ao veterinário onde posteriormente sairá pronto para outra. Que tal?
É isso que acontece em Pokémon.
Fico imaginando como seriam todos aqueles pokémons livres na natureza... Eles poderiam andar, caçar, fazer inúmeras coisas. Mas precisa ter alguém para confiná-los em poke-bolas e botá-los para brigar.
"É só um desenho!" muitos devem pensar, mas a lógica é a mesma. existe um sentido presente em muitas ações que se relaciona ao naturalizar as coisas. Quando eu naturalizo a violência, por exemplo, eu acabo ficando indiferente a ela. Muitas pessoas discutem se a violência dos games, da TV, pode transformar as pessoas em seres violentos. O problema no entanto é que a mega exposição a violência pode nos deixar insensíveis a ela. A coisa se torna natural. E aí não ligamos.


Briga de galo: O Pokémon da vida real


Tem muita gente que é contrária a touradas mas adora rodeios... o princípio é o mesmo, agressão contra a parte que não pode se defender. Por isso sempre torço para o touro. Torço para o cachorro, o galo, o pokémon ao invés do humano.
Sei que parece que odeio a humanidade. Não, eu amo a humanidade, só não suporto as pessoas.

2 comentários:

  1. é verdade, nunca tinha pensado por esse lado, mesmo fazendo parte da minha infancia, faz todo o sentido, os pokemons são tipo "contrabandeados", muito sinistro isso.. ahh e é sempre mais legal ver os outros se fuderem, por isso todos torçem pro touro!

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  2. Também não gosto de pokémon. Prefiro digimon. ;)

    Mas, seguindo o seu raciocínio, não teriamos filmes, pois a maioria só explora o lado violento e sangrento, sem passar nenhuma mensagem sobre como esse lado é ruim. O mesmo vale para as músicas (principalmente rap) e para os quadrinhos.

    Viveriamos em uma sociedade opressora, onde o governo iria censurar qualquer coisa que estivesse acima do "limite".

    Acredito que todos nós devemos possuir um limite entre a ficção e realidade. Mas, até onde iria esse limite? Quem iria escolher esse limite?

    (Afinal, a lei deve servir para todos e não para apenas alguns.)

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