quarta-feira, 23 de junho de 2010

Na inutilidade da utilidade



Prá que fazer isso? Por que fazer aquilo? Prá que serve isso? Qual é a utilidade daquilo?
por vezes nos questionamos a respeito da utilidade das coisas. conversa inútil, claro, como esse blog besta(se tem algo mais útil a fazer, pare de ler, vá e faça!). Agora, por que as coisas tem que ser uteis, ou tem que servir para algo? para que serve a arte? Para nada. Ainda bem. Aliás, para muitos intelectuais, principalmente os marxistas a arte deveria servir como expressão libertadora e que demonstrasse os conflitos de classe - a arte deveria ser engajada e não alienada. Porém ainda assim, seria apenas arte, demonstraria a expressão de sentimentos, sei lá, viscerais do artista em seu descontentamento de mundo. É claro que essa é uma visão por demais simplista da coisa, mas dá para entender.
Por que as pessoas precisam ouvir música? Por que existe o futebol (lembram da ideia de pão e circo?), por que as coisas tem que ter utilidade. daí, mais uma grande frase que me vem a cabeça: quanto mais inútil a coisa, mais legal, quanto mais legal, mais importante na nossa vida. Quer ver só?
O trabalho é útil? Sim, você ganha dinheiro e sobrevive. Sim, no meu caso, ensino as paradas para as crianças, elas aprendem e me devolvem em forma de provas, provando assim que aprenderam (áh vá?).
Por vezes, ensino coisas úteis prá caramba, como as bacias hidrográficas do Brasil, por onde correm, de onde surgem, para que servem. Porém, as coisas mais inúteis são as mais legais, como por exemplo, discutir os conceitos de utilidade e inutilidade. (Há um exemplo de ironia - recurso bastante útil - nesse parágrafo, valeu?)
mas falando do trabalho, algo útil para a sua sobrevivência, pode ser chato, muito chato mesmo. Bem, o que fazemos para tornar o trabalho chato, mais legal? Dependendo da situação podemos cantar, ouvir música. Talvez isso se aplique as formas mais alienantes (apesar de que aqui esse conceito pode ser discutido, e essa discussão pode ser muito chata... porém muito útil - sem ironias).
Não sei, mas a arte, o livre pensamento, o conhecimento não pragmático são importantes. Muito. É o que dá sentido à nossas vidas.
Aliás, para que serve viver? já sei, vou cortar meus pulso... brincadeira, não sou tão emuxo assim...

Um comentário:

  1. Acredito que o universo e a vida são duas incógnitas onde a pessoa só encontra o seu valor exato e real quando descobre a felicidade dentro de si.

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